31/03/2025
Revisado em: 31/03/2025
Saiba como prevenir essa enfermidade crônica silenciosa que pode levar à falência do fígado
Entre as inúmeras doenças que podem acometer o fígado, a cirrose talvez seja a mais conhecida. Essa alteração atinge, principalmente, homens acima de 45 anos e pode estar relacionada com um costume brasileiro: o consumo de álcool.
Esse hábito preocupa os especialistas, pois, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ingestão de bebidas alcoólicas no Brasil, que já era superior à média mundial, aumentou ainda mais durante a pandemia de Covid-19.
Mesmo que esse crescimento possa ser atribuído às questões emocionais ou em virtude de as pessoas terem passado mais tempo em casa, o fato é que precisamos nos atentar aos riscos para a saúde do fígado.
Com o auxílio da Dra. Natália Trevizoli, hepatologista da Rede Américas, preparamos um texto com tudo o que você precisa saber sobre a cirrose, incluindo sintomas, causas e tipos. Boa leitura!
A cirrose é uma doença crônica avançada do fígado que causa a formação de nódulos cicatriciais que dificultam a circulação sanguínea.
Ou seja, em vez de células saudáveis, essa enfermidade faz com que o fígado produza tecido de cicatrização. As consequências incluem a interrupção dos seguintes processos:
A cirrose pode evoluir para insuficiência hepática, quando ocorre dificuldade do órgão em manter suas funções habituais. “Além disso, ao sofrer um processo inflamatório persistente, chamado hepatite crônica, ocorre progressiva substituição do tecido normal do fígado por cicatrizes, que recebem o nome de fibrose”, explica a médica.
Sem dúvida, o álcool é um fator desencadeante importante de doenças no fígado, e o risco de o órgão ser afetado pela cirrose está associado à quantidade ingerida, independentemente de ser diária ou não, além de poder sofrer influência de fatores genéticos ou características associadas, como obesidade e diabetes.
As principais causas de doenças crônicas do fígado que levam à cirrose são: hepatite C, hepatite B e esteatose hepática (gordura no fígado). Essa última está relacionada com a obesidade e síndromes metabólicas, que podem se ligar à elevação de colesterol e triglicérides, à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus.
“Outras patologias que também podem acometer o órgão são aquelas com componente autoimune (hepatite e colangite) e condições genéticas que favorecem o acúmulo de ferro ou cobre, por exemplo”, conclui a Dra. Natália.
A especialista explica que grande parte dos casos é assintomática nas fases iniciais, o que acaba atrasando a detecção da doença, que pode até passar inteiramente despercebida, em uma fase chamada “cirrose compensada”.
Porém, é possível detectá-la com base em exames laboratoriais e de imagem. Busque ajuda em caso de:
Quando os sintomas de cirrose se apresentam, geralmente, são muito semelhantes às manifestações de outras doenças hepáticas.
Por fim, a prevenção está diretamente ligada à detecção das alterações que causam inflamação crônica no fígado, para que elas sejam tratadas antes de evoluir para a cirrose. As principais medidas de proteção incluem:
É sempre bom lembrar que uma avaliação criteriosa da saúde do seu fígado começa com uma consulta com um hepatologista.
Esse especialista pode avaliar as reais condições de funcionamento deste órgão e orientar o tratamento mais adequado para cada caso!
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