Cirurgia plástica depois de emagrecer: é possível?

O procedimento é a solução ideal para quem teve emagrecimento drástico

Quem passa por uma Cirurgia Bariátrica não vê a hora de perder os quilos em excesso e poder exibir um corpo magro, saudável e bonito.

Porém, o paciente deve ter em mente que para chegar a esse resultado final é preciso ter paciência, persistência e, muitas vezes, submeter-se a mais de uma cirurgia plástica depois de emagrecer.

Leia nosso artigo para entender mais sobre a necessidade do procedimento depois da redução drástica de peso.

Por que é preciso fazer cirurgia plástica depois de emagrecer?

A cirurgia plástica depois de emagrecer é necessária, porque após a redução de peso que se segue a uma Cirurgia Bariátrica é comum que o paciente apresente flacidez e excesso de pele em diversas partes do corpo, como braços, pernas, barriga e rosto.

Para corrigir o problema em geral recomendam-se as chamadas cirurgias de reconstrução pós-bariátrica. “O excesso de pele e de flacidez, mais do que causar grande desconforto, podem também elevar as chances de infecções”, afirma o cirurgião plástico da Rede Américas, Otávio Machado de Almeida.

Quando a cirurgia depois de emagrecer pode ser feita?

Segundo o médico, a reconstrução só é feita seis meses depois de o paciente estabilizar seu peso após o processo de emagrecimento. O paciente deve apresentar Índice de Massa Corpórea (IMC) inferior a 30.

Também é importante levar em conta que essas cirurgias podem ser bastante extensas, portanto não recomendamos operar mais do que duas áreas por vez. “Por exemplo, se o paciente tem necessidade de cirurgia em barriga, braços e rosto, não é adequado fazer tudo de uma vez só. Precisa ser feito aos poucos”, afirma Almeida.

O que pode impedir de alguém fazer a reconstrução pós-bariátrica?

Existem diversos fatores que podem impedir alguém de realizar a reconstrução pós-bariátrica, que geralmente inclui procedimentos como abdominoplastia, lifting corporal, ou remoção de excesso de pele após uma perda significativa de peso.

Alguns dos principais obstáculos incluem:

Problemas cardíacos, respiratórios ou outros problemas graves;
Obesidade residual;
Tabagismo;
Estado emocional e psicológico;
Insuficiência de tempo de recuperação;
Problemas com a cicatrização;
Falta de estabilização do peso.

Cada paciente é único, e uma avaliação completa feita por um cirurgião plástico experiente é fundamental para determinar se a reconstrução pós-bariátrica é segura e apropriada.

Como é a recuperação do procedimento?

A recuperação pós-cirúrgica é semelhante a das demais cirurgias plásticas estéticas. “Geralmente o paciente está 80% recuperado depois de um mês do procedimento”, afirma o médico.

Almeida acrescenta que a técnica de lipoaspiração é um tratamento coadjuvante que tem a função apenas de melhorar o contorno de algumas áreas do corpo. “A lipoaspiração não tem a função de ajudar a emagrecer e nem corrige flacidez”, explica.

O paciente que se submete a cirurgias de Reconstrução Pós-Bariátrica precisa estar ciente também de que os procedimentos, assim como nas demais cirurgias plásticas, deixam cicatrizes e que elas podem ser extensas.

Por isso, é muito importante também seguir as recomendações do médico no cuidado com as cicatrizes, fazendo os curativos de forma adequada. E, claro, tomar cuidado para não ganhar peso novamente.

Com esses cuidados e seguindo as demais recomendações médicas, o paciente poderá realizar a cirurgia plástica depois de emagrecer sem grandes preocupações.