20/03/2025
Revisado em: 21/03/2025
Leia mais e tenha informações seguras sobre saúde.
Estima-se que, aproximadamente, 50% das pessoas terão problemas com hemorroida em algum momento da vida, principalmente após os 40 anos.
Este tema é bastante delicado e, para muitos, ainda é um tabu, tanto que tem gente que deixa de procurar ajuda médica por vergonha ou falta de informação.
A doença hemorroidária ocorre quando há inchaço, dilatação ou inflamação de veias localizadas no reto ou no ânus. As lesões podem ser tanto internas – localizadas no ânus ou no início do reto –, quanto externas – quando saem do ânus.
Como o nome diz, essas varizes se desenvolvem dentro do canal anal. São caracterizadas pelo sangramento ao evacuar, prolapso, ou seja, exteriorização da ferida, e ulcerações. Esse tipo não costuma manifestar sintomas ou desconforto na fase inicial.
Essas varizes se desenvolvem no final do canal anal ou ao redor do orifício anal em forma de nódulos e são bastante dolorosas. Não é comum haver sangramento, mas geralmente as feridas, quando inflamadas, são acompanhadas de prurido.
As hemorroidas internas podem ainda ser classificadas em quatro graus, de acordo com a gravidade das lesões.
Um dos principais fatores de risco para o surgimento das lesões é a constipação, ou seja: o intestino preso, problema muitas vezes causado pela alimentação pobre em fibras. Neste caso, as feridas surgem devido ao esforço para evacuar e costumam se apresentar de forma mais constante ao longo da vida.
Muitas pessoas têm dificuldade ou vergonha de ir ao banheiro fora de casa e acabam “segurando” a vontade de evacuar. Este comportamento pode desenvolver ou piorar um quadro já existente de hemorroidas.
Além da prisão de ventre, outro quadro bastante comum é o que ocorre durante a gravidez e logo após o parto: nesta situação, as varizes decorrem do aumento da pressão sanguínea nas veias do ânus.
Além desses, existem outras causas associadas ao distúrbio:
O diagnóstico das hemorroidas é geralmente feito por um proctologista, por meio de uma avaliação clínica detalhada. Durante a consulta, o médico pode perguntar sobre os sintomas, histórico médico e hábitos do paciente.
O exame físico é fundamental, e pode incluir um exame retal digital, no qual o médico inspeciona e apalpa a região para detectar sinais de hemorroidas internas ou externas.
Em alguns casos, exames adicionais como a anuscopia ou a sigmoidoscopia podem ser realizados para examinar o canal anal e o reto em detalhes, identificando possíveis complicações.
Embora as hemorroidas possam ser tratadas de maneira eficaz, o termo "cura" pode ser um pouco complicado, já que em muitos casos as hemorroidas podem voltar, especialmente se o paciente continuar com fatores de risco, como prisão de ventre crônica, esforço excessivo ao evacuar ou hábitos alimentares inadequados.
No entanto, com tratamento adequado e mudanças no estilo de vida, é possível controlar e até aliviar completamente os sintomas, proporcionando uma boa qualidade de vida.
O tratamento das hemorroidas depende da gravidade dos sintomas e da localização das hemorroidas (internas ou externas). Veja os exemplos abaixo:
Aqui se trata mais sobre as mudanças de estilo de vida. Além da possibilidade de usar pomadas e tomar analgésicos ou anti-inflamatórios, você também poderá fazer alterações na dieta - comer alimentos ricos em fibras -, beber bastante água e fazer banho de assento.
Em casos um pouco mais sérios, o paciente pode ter que submeter a alguns processos como a escleroterapia, ligadura elástica ou até coagulação com laser ou infravermelho. Os três tipos de tratamentos tem o intuito de diminuir as hemorroidas e aliviar os sintomas.
Já para casos mais sérios, o paciente poderá passar por uma hemorroidectomia ou hemorroidopexia.
A escolha do tratamento depende da gravidade dos sintomas e da resposta do paciente aos tratamentos iniciais.
Em muitos casos, mudanças no estilo de vida, como uma dieta rica em fibras e aumento da atividade física, são suficientes para controlar as hemorroidas e prevenir recorrências.
Caso os sintomas persistam ou se tornem graves, o acompanhamento médico é essencial para determinar o melhor tratamento.
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