Hiperplasia prostática: o que é, causas e tratamento

A hiperplasia prostática é o aumento benigno da próstata, uma glândula localizada abaixo da bexiga e à frente do reto no corpo masculino.

A hiperplasia prostática é uma condição comum que afeta a maioria dos homens à medida que envelhecem, podendo impactar significativamente a qualidade de vida. Continue a leitura para entender as causas, os sintomas e como é feito o tratamento.

O que é hiperplasia prostática?

A hiperplasia prostática é o aumento benigno da próstata, uma glândula localizada abaixo da bexiga e à frente do reto no corpo masculino. A próstata envolve a uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo.

Com o avanço da idade, até 80% dos homens podem apresentar um aumento da próstata. Desse número, apenas em metade dos casos o aumento pode ser significativo o suficiente para pressionar a uretra, interferindo na micção e provocando incômodo.

Graus da hiperplasia prostática

A hiperplasia prostática é classificada em diferentes graus conforme a gravidade dos sintomas e o impacto na qualidade de vida do paciente.

Veja a seguir:

Grau 1 (leve): os sintomas são mínimos e geralmente não requerem tratamento imediato. Os pacientes podem monitorar os sintomas e realizar acompanhamento médico periódico.
Grau 2 (moderado): os sintomas são mais evidentes e podem começar a afetar a qualidade de vida. Nessa fase, pode ser necessário iniciar algum tratamento para aliviar os sintomas e prevenir a piora do quadro.
Grau 3 (grave): os sintomas são mais intensos e impactam significativamente a qualidade de vida. O tratamento médico ou cirúrgico pode ser considerado necessário para aliviar a obstrução urinária.

De acordo com esses graus, o médico poderá estabelecer o melhor tratamento de acordo com a gravidade dos sintomas.

Sintomas da hiperplasia prostática

Os sintomas da hiperplasia prostática variam conforme a gravidade do quadro e podem incluir:

Dificuldade para iniciar a micção;
Fluxo urinário fraco ou interrompido;
Necessidade urgente ou frequente de urinar, especialmente à noite;
Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
Gotejamento no final da micção;
Infecções urinárias recorrentes.

É importante que os homens fiquem atentos a esses sintomas e procurem orientação médica caso experimentem algum deles, pois o diagnóstico precoce pode prevenir complicações futuras.

A hiperplasia prostática pode trazer algum risco?

Sim. Embora a hiperplasia prostática seja benigna, pode trazer riscos à saúde se não for tratada adequadamente. O aumento da próstata pode causar obstrução urinária - o que, por sua vez, pode levar a complicações como infecções do trato urinário, formação de cálculos na bexiga e, em casos graves, insuficiência renal.

Além disso, a retenção urinária aguda, uma condição dolorosa em que a urina não pode ser eliminada, pode ocorrer e exigir intervenção médica imediata.

Vale dizer, no entanto, que não existe relação direta entre a hiperplasia prostática com o câncer de próstata, já que este é um tipo de tumor que pode surgir em qualquer tamanho de próstata. A hiperplasia prostática é considerada uma condição benigna na maioria das vezes.

Mas, como as duas condições podem apresentar sintomas semelhantes, a avaliação médica complementada por exames é fundamental na diferenciação e para um diagnóstico preciso.

Quando devo procurar por um médico?

A recomendação é buscar a orientação de um médico urologista assim que os sintomas começarem a afetar a qualidade de vida ou quando houver alterações no padrão urinário.

Homens com histórico familiar de doenças da próstata ou que experimentam sintomas persistentes, devem agendar uma consulta para avaliação o quanto antes, já que a detecção precoce e o tratamento adequado podem ajudar a prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da hiperplasia prostática envolve uma combinação de avaliação clínica, exame físico e exames complementares. O médico pode realizar um exame retal digital para avaliar o tamanho e a textura da próstata. Além disso, exames de urina, de sangue (como o antígeno prostático específico ou PSA) e estudos de fluxo urinário podem ser realizados para auxiliar no diagnóstico.

Em alguns casos, exames de imagem, como ultrassonografia abdominal, podem ser solicitados para obter uma visão mais detalhada da próstata e confirmar ou descartar outras condições.

Quando é necessário e quais são as formas de tratamento para a hiperplasia prostática?

O tratamento para a hiperplasia prostática depende da gravidade dos sintomas e do impacto na vida do paciente. Em casos leves, o problema pode ser acompanhado por um especialista com consultas periódicas. Mudanças no estilo de vida também ajudam a controlar os sintomas nessa fase.

Quando o incômodo passa a ser grande, no entanto, é preciso avaliar a necessidade de tratamento.

As opções incluem:

Medicamentos: uso de medicamentos para aliviar os sintomas e reduzir o tamanho da próstata.
Terapias minimamente invasivas: procedimentos como a ressecção transuretral da próstata (RTU) e a ablação com laser podem ser utilizados para remover o tecido prostático excedente e aliviar a pressão no local.
Cirurgia: em casos severos, a cirurgia pode ser necessária para remover parte da próstata e aliviar a obstrução. A cirurgia aberta ou a prostatectomia assistidas por robótica são opções disponíveis.

Cada caso deve ser avaliado individualmente e o tratamento deve ser adaptado às necessidades específicas do paciente. Com o tratamento adequado, muitos homens podem obter alívio significativo dos sintomas e melhora na qualidade de vida.