24/03/2025
Revisado em: 24/03/2025
Pulmões e linfonodos são os órgãos mais frequentemente afetados pela condição.
A sarcoidose é uma doença inflamatória que resulta na formação de granulomas epitelióides não caseosos em um ou mais órgãos e tecidos, alterando sua estrutura e funcionamento.
A causa exata da condição ainda é desconhecida, mas em indivíduos geneticamente suscetíveis parece haver uma resposta inflamatória exagerada a determinados antígenos ambientais como Propionibacterium, acnes, micobactérias e mofo.
Quando a sarcoidose afeta especificamente os pulmões, ela é chamada de sarcoidose pulmonar, o segundo tipo mais comum da doença, ocorrendo em quase 90% dos casos.
Na sarcoidose pulmonar, os granulomas se formam nos pulmões, comprometendo a função respiratória e podendo causar sintomas como tosse seca, falta de ar e dor no peito. Além disso, os linfonodos intratorácicos podem ser afetados, sendo a manifestação clínica mais comum.
Nesta condição, os pacientes raramente apresentam sintomas respiratórios.
Não. Embora ambas as condições envolvam o crescimento anormal de células, a sarcoidose é uma doença inflamatória granulomatosa e não está associada a um aumento no risco de câncer.
A causa da sarcoidose ainda é desconhecida, mas, em indivíduos geneticamente suscetíveis, existe uma resposta inflamatória exagerada a antígenos ambientais, como Propionibacterium, acnes, micobactérias e mofo.
Os sintomas da sarcoidose variam dependendo do órgão afetado pela condição e, nos estágios iniciais, a doença pode ser assintomática. Quando a sarcoidose atinge os pulmões, os principais sintomas incluem:
Na pele, a sarcoidose pode causar:
Nos olhos, embora possa ser assintomática, alguns pacientes podem apresentar:
Se o coração for afetado, os sintomas podem incluir:
Além disso, outros sintomas gerais associados à sarcoidose incluem falta de energia (fadiga), inchaço dos gânglios linfáticos (linfonodos) do pescoço, axila e virilha, dor e inchaço nas articulações, perda de peso e queda de cabelo.
O diagnóstico da sarcoidose começa com uma análise detalhada da história clínica do paciente. Um exame físico minucioso também é realizado para avaliar possíveis sinais da doença, que pode incluir:
Além disso, são observadas dores ou inchaços nas articulações e músculos, e realizados testes neurológicos básicos para avaliar reflexos e coordenação.
Como parte da investigação, diversos exames laboratoriais e de imagem também podem ser solicitados.
Entre eles:
Em alguns casos, pode ser necessária a realização de biópsia do órgão acometido para confirmar o diagnóstico de sarcoidose e excluir outros possíveis diagnósticos, como câncer. Neste caso, deve ser evidenciada a presença de granulomas epitelióides não caseosos, na ausência de outros achados infecciosos ou neoplásicos.
Pacientes que não apresentam sintomas muitas vezes descobrem a sarcoidose de forma incidental, como em uma radiografia de tórax de rotina que mostra alterações características nos pulmões e linfonodos.
O tratamento da sarcoidose varia conforme a gravidade do caso. Em casos sem sintomas ou com sintomas leves, onde a função pulmonar está preservada, o paciente é mantido sob observação por alguns meses para monitoramento. A avaliação é feita para verificar se a doença continua inativa ou se há sinais de reversão espontânea.
Já quando as lesões comprometem órgãos vitais, como rins, coração, olhos, sistema nervoso central ou causam sintomas relevantes, o tratamento geralmente envolve o uso de corticosteroides. Esses medicamentos ajudam a aliviar sintomas, reduzir a inflamação e prevenir complicações graves.
Nos casos refratários a este tratamento, imunossupressores como azatioprina podem ser indicados.
Dependendo dos sintomas apresentados, pode ser necessário procurar diferentes especialistas. Por exemplo, um pneumologista para problemas respiratórios, um dermatologista para questões de pele, um cardiologista se houver sintomas cardíacos, um oftalmologista para problemas nos olhos, um reumatologista, ou um clínico geral para uma avaliação inicial.
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