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60+: Descubra como manter a qualidade de vida e enfrentar doenças comuns da idade

Envelhecer com saúde é possível! Entenda como otimizar seu bem-estar, prevenir e minimizar os riscos de desenvolver patologias comuns após os 60 anos.

A população idosa está crescendo em todo o mundo, impulsionada pela melhoria das condições de vida, boa nutrição e avanços na prevenção e tratamento de doenças (por meio de vacinações, terapias medicamentosas mais eficientes e intervenções cirúrgicas menos invasivas). Dessa forma, torna-se essencial a discussão sobre como manter a qualidade de vida nessa fase.

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Devemos encarar o envelhecimento como um processo natural e uma realidade inevitável, mas com a possibilidade de prevenir doenças e complicações características dessa fase, garantindo um envelhecimento ativo e saudável.

“O envelhecimento é um processo biológico que transcende o aspecto genético, e quem busca uma melhor qualidade de vida na fase dos 60+ deve saber que isso depende de diversos fatores, entre eles os bons hábitos de vida (que interferem na longevidade e no bem-estar) e o suporte de um bom geriatra e de uma equipe multiprofissional", destaca Thalita Serafim Guerreiro de Castro, enfermeira referência da Unidade do Idoso Frágil, do H9J.

Principais condições em pacientes 60+ e como manter a qualidade de vida

Confira cinco principais patologias que devem ser rotineiramente consideradas na avaliação de um paciente com mais de 60 anos.

1.   Doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas de morbidade e mortalidade com o avançar da idade. Isso porque o próprio envelhecimento natural do corpo provoca alterações na função cardíaca, tornando essencial a atenção a alguns sintomas. As doenças cardiovasculares podem se manifestar por meio de dor torácica, sensação constante de falta de archiado ao respirarfraqueza extrema palpitações. A prevenção e o acompanhamento médico são fundamentais para manter a qualidade de vida.

2.   Hipertensão arterial

A hipertensão arterial, conhecida como “pressão alta”, é um fator de risco significativo para desenvolvimento de AVC (acidente vascular cerebral), infarto do miocárdio, aneurisma arterial, insuficiência renal e cardíaca e outras complicações. Sua incidência aumenta com a idade, devido ao “endurecimento” progressivo das artérias, que corresponde a um aumento da pressão arterial sistólica. O controle da pressão arterial e a construção de bons hábitos no dia a dia são essenciais para manter a qualidade de vida e prevenir problemas graves.

3.   Incontinência urinária

A incontinência urinária é uma condição mais comum entre pessoas na terceira idade, podendo prejudicar a rotina e o bem-estar do paciente e de suas famílias.

Caracterizada pela perda involuntária de urina, a condição ocorre quando o fechamento do colo da bexiga é insuficiente ou os músculos ao redor da bexiga estão hiperativos e contraem involuntária e repentinamente. O processo de envelhecimento causa enfraquecimento geral dos músculos do esfíncter uretral e diminuição da capacidade da bexiga. Sendo assim, a incontinência urinária é um distúrbio que exige atenção e tratamento adequados com orientação médica.

4.   Diabetes

O diabetes tipo 2 é mais frequente em idosos. O desenvolvimento do diabetes pode ser causado por fatores como estilo de vida (hábitos alimentares pouco saudáveis, sedentarismo e obesidade), endocrinopatias (doenças oriundas de processos patológicos ou distúrbios no funcionamento das glândulas endócrinas) e o envelhecimento em si.

controle da glicosehábitos saudáveis são essenciais para prevenir o desenvolvimento do diabetes tipo 2. Também é importante o acompanhamento médico, pois a falta de tratamento adequado pode levar a complicações graves, como problemas oculares, respiratórios, renais, neuropáticos, cardiovasculares e cerebrais, comprometendo a saúde e a qualidade de vida.

5.   Osteoporose

A osteoporose é caracterizada pela diminuição da densidade óssea e está associada à redução da resistência e aumento da fragilidade dos ossos. Essa deterioração do tecido óssea é perigosa, aumentando o risco de fraturas nos pacientes após eventos traumáticos, como quedas ou até mesmo impactos leves. O diagnóstico precoce, a prevenção com nutrientes como cálcio e vitamina D, além de manter hábitos saudáveis são fatores essenciais para manter a qualidade de vida e a mobilidade.

Exames recomendados após os 60 anos

A busca por como manter a qualidade de vida após os 60 anos passa pela necessidade de prevenção e diagnóstico precoce de doenças, por meio de exames. 

Para saber quais exames de rastreamento devem ser feitos e quando, é importante conversar com seu médico. Tudo dependerá do seu estado de saúde, claro, mas a maioria das pessoas com 60 anos ou mais deve se atentar à lista abaixo, focando sempre na qualidade de vida:

  • Avaliação de risco de doença cardíaca;
  • Verificação da pressão arterial;
  • Exame de colonoscopia;
  • Mamografia;
  • Teste de glicose no sangue;
  • Teste de rastreamento cervical;
  • Verificação do colesterol e dos lipídios;
  • Avaliação de risco de osteoporose;
  • Check-up dentário;
  • Teste de audição;
  • Exame de vista;
  • Exames regulares para avaliar os riscos de câncer de pele.

Dicas para uma terceira idade com mais qualidade

Confira dicas valiosas da enfermeira Thalita Serafim, que lida com questões referentes à saúde e ao bem-estar do idoso no dia a dia, e entenda como manter a qualidade de vida, e promover a saúde física e mental nessa fase:

  • Mantenha sua autonomia ao realizar as atividades da vida diária;
  • Movimente-se (vale se balançar, caminhar, fazer ginástica, dançar ou praticar esportes em geral);
  • Foque na vida social (mantenha contato com pessoas, receba os amigos e saia para socializar);
  • Exercite as habilidades cognitivas por meio de jogos de memória e ditados, além de praticar a escrita (escrever ou copiar receitas, escrever cartas), ler livros, assistir a filmes e promover a estimulação sensorial (tato, paladar, visão audição);
  • Realize atividades espirituais da sua preferência (reza, meditação ou outra);
  • Estimule a criatividade fazendo trabalhos manuais (artesanato, argila, pintura, costura, crochê, tricô);
  • Se puder e quiser continuar trabalhando, saiba que as atividades laborais também podem fazer a diferença nesse processo.

Orientações importantes para familiares de um idoso

A enfermeira Thalita Serafim destaca a importância de se atentar para alguns detalhes da comunicação com o idoso:

  • Ouça-o com atenção e, se necessário, repita a mensagem e não demonstre impaciência;
  • Adapte seu vocabulário (evite o uso de gírias, por exemplo);
  • Faça afirmações resumindo as declarações do falante;
  • Evite fazer correções;
  • Fale devagar e use palavras ou construções simples;
  • Não espere resposta rápida e dê tempo à pessoa para processar a informação (sobretudo idosos portadores de demência);
  • Ao falar, fique na frente da pessoa, em seu campo visual;
  • Use o humor, porém de maneira apropriada;
  • Ria com o idoso, e não do idoso;
  • Se a mensagem não for compreendida, tente falar de outra maneira.

Outro ponto destacável pela profissional de saúde é o risco de quedas dentro de casa: “essa é a causa mais comum de acidentes e está entre os principais motivos de incapacidade, invalidez e até morte de idosos", alerta a enfermeira. Ela pontua as principais alterações ambientais necessárias para evitar quedas:

  • Utilize de vasos sanitários mais altos e com barras de apoio laterais;
  • Utilize tapetes antiderrapantes no banheiro e na cozinha;
  • Retire fios soltos e os objetos espalhados no chão;
  • Nunca deixe um piso escorregadio;
  • Coloque antiderrapantes e corrimãos nos dois lados de escadas e rampas;
  • Mantenha boa iluminação em todos os ambientes (o idoso deve ter sempre um interruptor de luz ou abajur ao lado da cama);
  • Só ofereça ao idoso as medicações prescritas pelo médico e tenha certeza de que esse especialista sabe todos os remédios que o idoso usa.

A enfermeira referência da Unidade do Idoso Frágil também ressalta: “Nunca tome remédio por conta própria ou por indicação de um vizinho, parente ou amigo. Em caso de dúvida, o cuidador ou familiar não deve ter vergonha de buscar a orientação do médico".

Por fim, Thalita chama atenção para o fato de que, muitas vezes, o idoso pode apresentar resistência por considerar que alguns sintomas merecem cuidados especializados. Neste momento, familiares, amigos e cuidadores podem desempenhar um papel estratégico na recomendação do acompanhamento com um médico geriatra.

 

 

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