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Enjoo na gravidez: quando começa e termina, causas e qual a pior fase?

Entenda a linha do tempo deste sintoma tão comum e saiba diferenciar o quadro normal de um sinal de alerta que exige atenção médica

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O cheiro do café que antes era reconfortante agora revira o estômago. Uma refeição que você adorava se torna impossível de encarar. Para muitas mulheres, especialmente as de primeira viagem, esses são os primeiros e mais marcantes sinais da gravidez, muito antes da barriga começar a aparecer.

O enjoo, ou êmese gravídica, é um dos sintomas mais comuns da gestação. Náuseas e vômitos na gravidez (NVP) são sintomas muito comuns no início da gestação, afetando entre 50% e 80% das mulheres. Diferente do que muitos pensam, eles podem ocorrer a qualquer hora do dia, e não apenas pela manhã. Compreender sua causa e sua linha do tempo pode trazer mais tranquilidade para atravessar essa fase.

O que causa o enjoo na gravidez?

A causa exata do enjoo na gravidez não é totalmente compreendida, mas está fortemente associada às intensas alterações hormonais do início da gestação. É importante destacar que, para mulheres em idade fértil que sentem náuseas e vômitos, a gravidez é a causa hormonal mais comum a ser considerada.

O principal suspeito é o hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG), produzido logo após a implantação do embrião no útero. Os níveis de hCG sobem rapidamente nas primeiras semanas, atingindo um pico por volta do final do primeiro trimestre, período que coincide com a maior intensidade dos enjoos.

Além do hCG, a elevação de uma substância chamada GDF15 (Fator de Diferenciação de Crescimento 15) no corpo também é reconhecida como um indicador fisiológico importante das náuseas e vômitos que acompanham a gravidez.

 Outros hormônios como o estrogênio e a progesterona também aumentam, podendo contribuir para a sensibilidade do estômago e o olfato mais apurado. Se os enjoos estão dificultando seu dia a dia, agende uma consulta em um hospital Rede Américas e receba o cuidado que você merece

Quando o enjoo realmente começa na gestação?

A maioria das mulheres começa a sentir os primeiros sinais de enjoo entre a 5ª e a 6ª semana de gravidez, contadas a partir da data da última menstruação. Em alguns casos, o sintoma pode aparecer um pouco antes ou depois, pois cada organismo reage de uma maneira única.

É comum que os enjoos se iniciem de forma leve e se intensifiquem progressivamente nas semanas seguintes. Esse período inicial pode ser confuso, mas a consistência do sintoma costuma ser um indicativo claro da gestação em curso.

Qual é a pior fase do enjoo?

O pico de intensidade dos enjoos geralmente acontece entre a 9ª e a 12ª semana de gestação. Nessa fase, os níveis de hCG estão no seu auge. Para muitas gestantes, este é o período mais desafiador, com náuseas mais frequentes e, por vezes, acompanhadas de vômitos.

Quando os enjoos da gravidez tendem a desaparecer?

A boa notícia é que, para a grande maioria, o enjoo é um sintoma temporário. A melhora costuma ser sentida a partir da 13ª ou 14ª semana, com a entrada no segundo trimestre da gravidez. Nesse ponto, os níveis de hCG começam a estabilizar e diminuir, e o corpo já se adaptou melhor às mudanças hormonais.

Cerca de 80% das mulheres já não apresentam mais enjoos significativos por volta da 20ª semana. No entanto, uma pequena parcela pode continuar com sintomas leves por mais tempo, e em casos raros, o enjoo pode persistir até o final da gestação. É fundamental manter o acompanhamento pré-natal para monitorar a evolução.

É normal não sentir enjoo durante a gravidez?

Sim, é perfeitamente normal. Estima-se que cerca de 20% a 30% das gestantes não sofrem com enjoos. A ausência desse sintoma não significa que há algo de errado com a gravidez ou com o desenvolvimento do bebê.

Cada corpo é diferente e a resposta às alterações hormonais varia muito. Se você não está sentindo enjoos, considere-se com sorte e aproveite a gestação sem esse desconforto.

O que pode ser feito para aliviar os enjoos?

Embora não exista uma solução mágica, algumas estratégias podem ajudar a gerenciar e aliviar o desconforto das náuseas. É importante testar o que funciona melhor para você e sempre conversar com seu médico antes de tentar qualquer abordagem.

Estratégias de alimentação

  • Coma em pequenas porções: faça refeições menores e mais frequentes ao longo do dia, a cada 2 ou 3 horas, para evitar que o estômago fique vazio.
  • Prefira alimentos leves: opte por carboidratos de fácil digestão, como bolachas de água e sal, torradas, arroz e batata. Alimentos frios ou em temperatura ambiente costumam ser mais bem tolerados.
  • Evite gatilhos: comidas muito gordurosas, condimentadas, frituras e com odores fortes podem piorar o enjoo.
  • Mantenha-se hidratada: beba líquidos em pequenos goles ao longo do dia. Água, água de coco e chás de ervas suaves (como o de gengibre, com moderação e após liberação médica) são boas opções.

Mudanças no estilo de vida

  • Descanse: a fadiga pode intensificar as náuseas. Tente descansar sempre que possível.
  • Movimente-se com calma: evite levantar-se muito rápido da cama ou da cadeira.
  • Atenção aos cheiros: se certos perfumes ou odores desencadeiam o enjoo, tente evitá-los e mantenha os ambientes bem ventilados.

Quando o enjoo na gravidez se torna um sinal de alerta?

Em uma pequena porcentagem de casos, os enjoos e vômitos podem evoluir para uma condição mais grave chamada hiperêmese gravídica. Este quadro exige atenção médica imediata, pois pode levar à desidratação e à perda de peso, oferecendo riscos para a mãe e o bebê.

Procure seu médico ou um serviço de emergência se apresentar os seguintes sintomas:

  • vômitos constantes e incontroláveis, que impedem a ingestão de qualquer líquido ou alimento;
  • perda de peso superior a 5% do peso corporal inicial;
  • sinais de desidratação, como boca seca, urina escura e em pouca quantidade, tontura ao ficar de pé e fraqueza intensa;
  • dor abdominal ou febre.

A hiperêmese gravídica é uma condição tratável, mas o diagnóstico e a intervenção precoces são essenciais para garantir o bem-estar durante a gestação. Nunca hesite em buscar ajuda profissional.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

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ZHONG, W. et al. Mechanisms of Nausea and Vomiting: Current Knowledge and Recent Advances in Intracellular Emetic Signaling Systems. International Journal of Molecular Sciences, v. 22, n. 11, mai. 2021. Disponível em: https://www.mdpi.com/1422-0067/22/11/5797. Acesso em: 05 dez. 2025.

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