Ícone
InícioSaúdeTratamentos

Resuma este artigo com IA:

Ícone

Ibuprofeno pode tomar com dengue: veja por que essa combinação é perigosa

Entenda por que a automedicação com anti-inflamatórios aumenta o risco de hemorragias, danos ao fígado e outras complicações graves.

ibuprofeno pode tomar com dengue_1.jpg

A febre alta chega de repente, acompanhada de uma dor no corpo que parece quebrar os ossos e uma dor de cabeça latejante. O primeiro impulso de muitas pessoas é abrir a caixa de remédios e pegar um anti-inflamatório como o ibuprofeno, um medicamento comum para dores e inflamações. Contudo, em caso de suspeita de dengue, essa atitude pode ser extremamente perigosa.

Por que não se pode tomar ibuprofeno com suspeita de dengue?

A resposta é direta: o ibuprofeno pertence a uma classe de medicamentos chamada anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Essa classe interfere no processo de coagulação do sangue e na função das plaquetas, que são células sanguíneas essenciais para estancar sangramentos.

Diretrizes mundiais alertam que usar tratamentos não recomendados, como os AINEs, aumenta o risco de desenvolver eventos adversos em pacientes com dengue.

A própria dengue já pode causar uma queda no número de plaquetas, condição conhecida como trombocitopenia. Ao combinar os efeitos da doença com os do medicamento, o risco de hemorragias graves aumenta consideravelmente. Em vez de aliviar os sintomas da dengue, o ibuprofeno pode agravar o quadro e levar a formas mais severas da doença, como a dengue hemorrágica.

Em casos de infecções virais, há indícios de que crianças que tiveram sangramento gastrointestinal podem ter tido maior exposição a AINEs, como o ibuprofeno.

Além disso, os AINEs podem causar irritação na mucosa do estômago, o que também pode favorecer a ocorrência de sangramentos digestivos, uma complicação séria em pacientes com dengue. Anti-inflamatórios não esteroides também podem causar desordens no metabolismo das células do fígado, um fator que exige cautela no uso durante qualquer infecção viral.

Receba um atendimento humanizado e especializado. Agende sua consulta agora com a Rede Américas.
 

Hospital

Localização

Agendamento

Hospital Paraná

Av. Dr. Luiz Teixeira Mendes, 1929 - Zona 05, Maringá - PR, 87015-000

Busque aqui o infectologista mais próximo de você no Paraná

Hospital Nossa Senhora do Carmo

R. Jaguaruna, 105 - Campo Grande, Rio de Janeiro - RJ, 23080-160

Encontre um infectologista no Rio de Janeiro!

Hospital Nove de Julho - Alphaville

Av. Cauaxi, 118 - Alphaville - barueri - São Paulo-Sp

 

Agende sua consulta com um infectologista em São Paulo

Hospital Leforte Morumbi

Rua dos Três Irmãos, 121 - Morumbi - São Paulo-SP

Complexo Hospitalar de Niterói

Tv. Lasalle, 12 - Centro, Niterói - RJ

Consulte um infectologista em Niterói 

A Rede Américas possui infectologistas renomados.

Encontre um especialista perto de você!

Tomei ibuprofeno com dengue, e agora o que devo fazer?

Se você tomou ibuprofeno sem saber que estava com dengue, a primeira medida é não tomar mais nenhuma dose do medicamento. A automedicação é sempre um risco, especialmente diante de um quadro infeccioso como este.

O próximo passo é focar na hidratação, ingerindo bastante água, sucos naturais e água de coco. Fique atento ao surgimento de qualquer sinal de alerta, como:

  • Manchas vermelhas ou roxas na pele.
  • Sangramento no nariz ou gengivas.
  • Vômitos persistentes.
  • Dor abdominal forte e contínua.
  • Sonolência excessiva ou irritabilidade.

Ao notar qualquer um desses sintomas, procure imediatamente um serviço de saúde. É fundamental informar ao médico sobre o uso do ibuprofeno para que ele possa tomar as condutas adequadas.

Leia também: Veja os sintomas comuns da dengue em populações mais vulneráveis

Quais medicamentos são contraindicados em caso de dengue?

O ibuprofeno não é o único medicamento a ser evitado. A lista de anti-inflamatórios não esteroides é extensa e inclui outros nomes populares. É essencial evitar qualquer um dos seguintes fármacos durante uma suspeita de dengue:

  • Ácido Acetilsalicílico (AAS): também conhecido como aspirina.
  • Diclofenaco
  • Nimesulida
  • Naproxeno
  • Cetoprofeno

A regra geral é: na dúvida, não use nenhum anti-inflamatório. Consulte sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento.

Quais são as alternativas seguras para aliviar os sintomas da dengue?

Felizmente, existem opções seguras para controlar a febre e as dores causadas pela dengue. O tratamento da doença é focado em aliviar os sintomas e manter o corpo hidratado para que o sistema imunológico possa combater o vírus.

Os medicamentos geralmente recomendados pelos médicos são:

  • Paracetamol: para controle da dor e da febre.
  • Dipirona: também como alternativa para dor e febre.

Pesquisas apontam que o paracetamol (acetaminophen) é considerado clinicamente seguro. Em estudos de laboratório que analisam a família viral da dengue, ele demonstrou potencial para inibir a replicação viral.

Além disso, o paracetamol é uma opção para aliviar a dor. Ele é empregado no manejo sintomático de pacientes que desenvolveram complicações musculoesqueléticas após a infecção por dengue.

É importante ressaltar que mesmo esses medicamentos devem ser utilizados com orientação médica, respeitando as doses e os intervalos corretos. O uso excessivo de paracetamol, por exemplo, pode causar danos ao fígado.

Além da medicação sintomática, o tratamento se baseia em dois pilares fundamentais:

  1. Hidratação vigorosa: beber no mínimo 2 a 3 litros de líquidos por dia é crucial para evitar a desidratação e complicações.
  2. Repouso: descansar ajuda o corpo a direcionar sua energia para combater a infecção viral e se recuperar mais rapidamente.

Leia também: A vacina da dengue é segura?

Quando devo procurar um médico?

A avaliação médica é indispensável para o diagnóstico da dengue e a orientação do tratamento. Você deve procurar um serviço de saúde ao apresentar os primeiros sintomas clássicos da dengue, como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo e atrás dos olhos.

O retorno ao médico ou a busca por um pronto-socorro é urgente se surgirem os chamados sinais de alarme, que podem indicar uma evolução para formas graves da doença:

  • Dor abdominal intensa e contínua.
  • Vômitos que não cessam.
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural).
  • Hipotensão postural (tontura ao se levantar).
  • Sangramentos de mucosas (nariz, gengiva, fezes com sangue).
  • Letargia ou irritabilidade.

A dengue é uma doença séria e a automedicação pode trazer consequências graves. Cuidar da saúde começa com informação de qualidade e a busca por orientação profissional.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

JAYAMALI, W. D.; HERATH, H. M. M. T. B.; KULATUNGA, A. A young female presenting with unilateral sacroiliitis following dengue virus infection: a case report. Journal of Medical Case Reports, v. 11, p. 306, Nov. 2017. Disponível: https://link.springer.com/article/10.1186/s13256-017-1483-0. Acesso em: 12 dez. 2025.

KAJIMOTO, Y.; KITAJIMA, T. Clinical management of patients with dengue infection in Japan: results from national database of health insurance claims. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, v. 101, n. 5, p. 1184–1188, Nov. 2019. Disponível: https://www.ajtmh.org/view/journals/tpmd/102/1/article-p191.xml.Acesso em: 12 dez. 2025.

PAN, T. et al. Nonsteroidal anti-inflammatory drugs potently inhibit the replication of Zika viruses by inducing the degradation of AXL. Journal of Virology, v. 92, n. 19, p. e01018-18, set. 2018. Disponível: https://journals.asm.org/doi/10.1128/jvi.01018-18. Acesso em: 12 dez. 2025.

SISAKHT, M. et al. Potential inhibitors of the main protease of SARS-CoV-2 and modulators of arachidonic acid pathway: Non-steroidal anti-inflammatory drugs against COVID-19. Computers in Biology and Medicine, v. 136, p. 104686, 29 jul. 2021. Disponível: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0010482521004807?via%3Dihub. Acesso em: 12 dez. 2025.

VON PHILIPSBORN, P. et al. Adverse effects of non-steroidal anti-inflammatory drugs in patients with viral respiratory infections: rapid systematic review. BMJ Open, v. 10, n. 11, p. e040990, Nov. 2020. Disponível: https://bmjopen.bmj.com/content/10/11/e040990. Acesso em: 12 dez. 2025.

Ícone do WhatsAppÍcone do Facebook
Ícone do WhatsAppÍcone médicoAgende sua consulta