03/04/2025
Revisado em: 03/04/2025
A nicotina é altamente viciante, e a quebra do vício pode ser um processo demorado
Combater o tabagismo e parar de fumar é um verdadeiro desafio para os fumantes do mundo inteiro. Além de ter um componente altamente viciante, a nicotina, os cigarros também têm outras características que facilitam seu consumo, como ser barato, de fácil acesso e não ser ilegal. Afinal, por que é difícil parar de fumar?
Neste artigo, vamos explorar os obstáculos de largar o vício e quais são as ferramentas que podem ajudar nessa jornada.
A dificuldade de parar de fumar está diretamente ligada à forma como a nicotina age no cérebro. Quando um fumante dá uma tragada, a nicotina chega rapidamente à corrente sanguínea e atinge o cérebro em poucos segundos. Lá, ela estimula a liberação de dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e recompensa.
Esse efeito imediato cria uma falsa sensação de bem-estar, alívio do estresse e melhora do humor, o que reforça o hábito. Com o tempo, o cérebro passa a depender do cigarro para manter esses níveis de dopamina, tornando a interrupção do tabagismo ainda mais difícil.
Além disso, a nicotina também afeta outras áreas cerebrais relacionadas ao foco, à memória e ao controle da ansiedade, tornando o cigarro um companheiro para diferentes momentos do dia.
Esse ciclo de dependência química e psicológica é o que faz o tabagismo ser um vício tão desafiador de superar. No entanto, com as estratégias corretas e o apoio adequado, é possível reverter essa dependência e recuperar o controle sobre a saúde e o bem-estar.
Muitas são as respostas para a pergunta sobre a dificuldade de parar de fumar. Segundo o Dr. Luciano de Figueiredo, o Dr. Renato Ribeiro e a Dra. Carolina Montresor, da Rede Américas, a dependência não é apenas química, mas também psicológica, o que deixa o processo de abandono do tabagismo ainda mais difícil.
A sensação do fumante é que tudo fica mais fácil de lidar com a ajuda do cigarro, sejam problemas familiares, psicológicos ou no trabalho.“É por esse motivo que o tratamento segue duas frentes importantes: os remédios e a terapia cognitivo-comportamental”, segundo o especialista.
É muito importante que o paciente entenda o motivo de ele recorrer ao cigarro e como lidar com essa necessidade ao se preparar para largar o vício.
A torcida dos amigos e familiares também pode ajudar, mas não é o suficiente caso o próprio fumante não esteja inclinado a mudar.
O paciente deve ser o primeiro a entender os riscos que sua saúde corre, como o desenvolvimento de doenças pulmonares e outras vasculopatias, além do agravamento de doenças no fígado e no coração.
Segundo os especialistas, o ideal é o fumante entender que vale o esforço de parar de fumar para ter uma vida mais saudável.
Para ser mais efetivo, o momento de parar de fumar não pode ser feito no impulso, já que aumenta as chances de fracasso a longo prazo. Escolher uma data especial, como o aniversário ou o primeiro dia do ano, pode ser um motivador a mais.
Outra dica importante para facilitar esse momento de transição é diminuir a quantidade de cigarros por dia, assim como adotar um novo hábito que traga para o dia a dia o prazer que antes apenas o cigarro conseguia, como começar uma atividade física ou um hobby.
“O processo de parar de fumar é, muitas vezes, demorado e podem ocorrer falhas ou deslizes no meio do caminho. Isso é comum de acontecer, e o importante é que o paciente perceba que isso não quer dizer que ele nunca conseguirá parar de fumar, foi apenas um contratempo”, explica o dr. Luciano.
Parar de fumar é um processo que exige paciência e persistência. Muitas pessoas enfrentam recaídas porque o cigarro faz parte da rotina, e certos gatilhos podem despertar o desejo de fumar. Para aumentar as chances de sucesso, é importante adotar estratégias que ajudem a evitar recaídas.
Observe quais situações despertam a vontade de fumar, como momentos de estresse, pausas no trabalho ou encontros sociais. Ao reconhecer esses gatilhos, é mais fácil criar alternativas para lidar com eles.
O cérebro associa o ato de fumar a determinadas atividades. Para quebrar esse padrão, substitua o cigarro por algo saudável, como mascar um chiclete sem açúcar, beber água ou praticar respiração profunda.
A atividade física ajuda a reduzir o estresse e libera endorfinas, que contribuem para o bem-estar e diminuem a necessidade de buscar prazer no cigarro.
Algumas bebidas estão fortemente ligadas ao hábito de fumar. Reduzir o consumo dessas substâncias pode ajudar a evitar recaídas nos momentos de maior vulnerabilidade.
Compartilhe seu objetivo com amigos, familiares ou grupos de apoio. O suporte emocional faz toda a diferença para manter a motivação.
Se ocorrer uma recaída, não encare isso como um fracasso. Veja como uma oportunidade de aprendizado e retome o compromisso com a decisão de parar de fumar. Cada tentativa aproxima você de uma vida mais saudável e livre do tabaco.
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