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Sintomas da difteria: do sinal clássico na garganta às complicações graves

Entenda como identificar os sinais desta doença bacteriana e por que a vacinação é a principal ferramenta de proteção.

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Aquela dor de garganta que parece não passar, acompanhada de um cansaço intenso e uma febre baixa. Embora possa parecer um resfriado comum, esses podem ser os primeiros sinais de uma condição mais séria e que exige atenção médica imediata: a difteria.

O que é a difteria?

A difteria é uma doença infecciosa aguda, causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. O principal problema não é a bactéria em si, mas a potente toxina que ela produz. Essa toxina pode causar inflamação severa e danos a diversos tecidos do corpo.

A forma respiratória clássica da difteria provoca inflamação na garganta, formação de pseudomembranas e inchaço dos gânglios. Essa condição pode evoluir para complicações severas, como a inflamação do músculo cardíaco (miocardite) e até mesmo levar ao óbito.

É importante não confundir difteria com crupe. Embora ambas possam afetar as vias respiratórias das crianças, o crupe é geralmente uma infecção viral que causa uma tosse característica, enquanto a difteria é bacteriana e marcada pela formação de uma membrana na garganta.

Caso não seja tratada, a infecção pode evoluir. Procure um médico especialista da Rede Américas para fazer o tratamento adequado.

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Quais são os principais sintomas da difteria?

Os sintomas da difteria geralmente se desenvolvem de dois a cinco dias após a infecção. Eles podem variar de leves a graves, dependendo da imunidade da pessoa e da localização da infecção.

O sinal mais característico: a pseudomembrana

O sintoma mais marcante da difteria é a formação de uma placa espessa, firme e de cor cinza-esbranquiçada. Essa camada, conhecida como pseudomembrana, adere firmemente às superfícies das amígdalas, faringe, laringe e, por vezes, do nariz.

Esta membrana, ao se espalhar pela traqueia, pode causar obstrução das vias aéreas. Tal complicação é potencialmente fatal e exige intervenção imediata. Além do risco respiratório, a toxina pode levar a problemas graves no coração e no sistema nervoso.

Tentar remover essa placa pode causar sangramento. Em casos graves, ela pode crescer a ponto de obstruir as vias aéreas, causando dificuldade respiratória severa, o que representa uma emergência médica.

Outros sintomas iniciais e gerais

Além da pseudomembrana, outros sinais e sintomas são comuns e devem servir de alerta. Eles se manifestam de forma progressiva.

  • Dor de garganta e rouquidão: um dos primeiros incômodos a surgir.
  • Febre e calafrios: geralmente a febre é baixa, mas persistente.
  • Mal-estar e fraqueza: uma sensação de cansaço e prostração é comum.
  • Gânglios inchados no pescoço: o inchaço pode ser significativo, levando a uma aparência conhecida como "pescoço de touro".
  • Corrimento nasal: em alguns casos, pode haver secreção nasal, por vezes com um pouco de sangue.

A difteria pode se manifestar em outras partes do corpo?

Embora a forma respiratória seja a mais comum e grave, a bactéria da difteria também pode infectar outras áreas do corpo, principalmente a pele.

É importante notar que a difteria nem sempre se manifesta de forma respiratória grave. Além das infecções de pele, algumas pessoas podem não apresentar sintomas, sendo portadoras assintomáticas da bactéria.

A difteria cutânea manifesta-se através de feridas ou úlceras na pele, geralmente cobertas por uma membrana acinzentada semelhante à da garganta. Essas lesões podem ser dolorosas, avermelhadas e inchadas. Essa forma é mais comum em regiões com condições precárias de higiene.

Quais são as complicações graves da difteria?

Quando o diagnóstico e o tratamento demoram, a toxina diftérica pode entrar na corrente sanguínea e se espalhar pelo corpo, atacando órgãos vitais. As complicações podem ser fatais e incluem:

  • Danos ao coração (miocardite): a toxina pode inflamar o músculo cardíaco, levando a arritmias, insuficiência cardíaca e até morte súbita.
  • Lesões no sistema nervoso (neuropatia): os danos aos nervos podem causar paralisia, começando geralmente no palato (dificuldade para engolir) e podendo se espalhar para os músculos dos olhos, braços e pernas.
  • Insuficiência renal: os rins podem ser afetados pela toxina, com dificuldade para filtrar o sangue adequadamente.

A difteria clássica é uma doença séria que, mesmo com tratamento, pode ser fatal em 5% a 10% dos casos. As principais causas de morte estão ligadas a danos no coração, como a miocardite, e a complicações neurológicas.

Como a difteria é transmitida?

A transmissão da difteria ocorre principalmente de pessoa para pessoa, através de gotículas respiratórias expelidas ao tossir ou espirrar. O contato direto com lesões de pele de uma pessoa infectada também é uma via de contágio.

Pessoas que não apresentam sintomas também podem transmitir a bactéria por até seis meses se não forem tratadas adequadamente com antibióticos.

Quando devo procurar um médico?

A difteria é uma emergência médica. Procure atendimento imediato se você ou alguém da sua família apresentar os seguintes sinais, especialmente se o esquema vacinal estiver incompleto:

  • Dor de garganta severa com a presença de placas acinzentadas.
  • Inchaço significativo no pescoço.
  • Dificuldade para respirar ou engolir.
  • Palidez e fraqueza intensas.

O tratamento é feito em ambiente hospitalar e envolve o uso de soro antidiftérico para neutralizar a toxina e antibióticos para eliminar a bactéria.

Qual é o papel da vacinação na prevenção da difteria?

A vacinação é a forma mais eficaz e segura de prevenir a difteria. A doença, que já foi uma das principais causas de morte infantil no mundo, tornou-se rara em países com alta cobertura vacinal.

Antes da criação da vacina, a difteria era a principal causa de morte entre crianças em todo o mundo. Atualmente, a doença é vista como um risco global em potencial reemergência, reforçando a importância da imunização.

No Brasil, a vacina está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. As vacinas que protegem contra a difteria são:

  • Vacina pentavalente: administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida.
  • Vacina DTP (tríplice bacteriana): reforços aplicados aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
  • Vacina dT (dupla adulto): reforços a cada 10 anos para adolescentes e adultos, para manter a proteção.

Manter a caderneta de vacinação atualizada é fundamental para proteger não apenas a si mesmo, mas toda a comunidade, evitando o ressurgimento de doenças graves como a difteria.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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