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A descoberta de qualquer alteração mamária gera apreensão. Entenda os sinais característicos dos cistos e os passos corretos para a investigação.

Você está fazendo o autoexame no banho ou se vestindo quando, de repente, sente algo diferente: um pequeno caroço na mama. A primeira reação de muitas mulheres é a preocupação. Contudo, é fundamental saber que a grande maioria das alterações mamárias não está relacionada ao câncer, e uma das mais comuns é o cisto. Muitos desses cistos, inclusive, são descobertos acidentalmente em exames de rotina, como a mamografia ou o ultrassom, já que a maioria não apresenta sintomas.
Os cistos mamários podem ser únicos ou múltiplos e variar muito de tamanho. Geralmente, são caroços palpáveis, e embora muitos sejam assintomáticos, alguns podem ser dolorosos. Enquanto os microcistos são geralmente imperceptíveis ao toque, os cistos maiores, chamados de macrocistos, podem ser facilmente sentidos e causar desconforto.
Os macrocistos, que têm mais de 1 centímetro de diâmetro, são massas preenchidas por líquido e, na maioria das vezes, são considerados benignos. O objetivo da investigação é garantir a alta especificidade dos exames para evitar biópsias desnecessárias. Em alguns casos, um nódulo palpável pode até mesmo apresentar uma coloração azulada visível. Os sinais mais comuns associados a eles podem ser agrupados.
Ao perceber alguns dos sintomas é importante buscar um mastologista para saber quais exames e tratamentos podem ser feitos.
O principal sinal é a presença de um caroço. Geralmente, um cisto simples tem características bem definidas:
Muitas mulheres relatam dor ou uma sensibilidade aumentada na área do cisto. Esse desconforto pode ser localizado, apenas sobre o caroço, ou se espalhar por uma área maior da mama, gerando uma sensação de peso ou inchaço.
É muito comum que os sintomas do cisto mamário se intensifiquem nas duas semanas que antecedem a menstruação. O nódulo pode parecer maior e a dor mais acentuada nesse período. Após o início do fluxo menstrual, os sintomas tendem a diminuir ou até desaparecer, o que é um forte indicativo da natureza hormonal da lesão.
Em casos mais raros, especialmente com cistos maiores ou se houver alguma inflamação, outros sintomas podem aparecer. Entre eles estão a vermelhidão na pele sobre o cisto ou a saída de secreção pelo mamilo, que pode ser transparente, amarelada ou acastanhada. A presença de secreção espontânea sempre merece uma investigação médica.
Os cistos se formam quando os ductos mamários, canais que transportam o leite, ficam obstruídos, levando ao acúmulo de líquido. Acredita-se que as flutuações hormonais, principalmente do estrogênio, ao longo do ciclo menstrual, estimulam as glândulas mamárias e contribuem para esse processo.
Assim, a dor e o inchaço ocorrem pela distensão do tecido mamário causada pelo líquido acumulado. Quando os níveis hormonais caem com a menstruação, o estímulo diminui, e o cisto pode regredir, aliviando os sintomas.
Essa é a principal dúvida e fonte de ansiedade. Embora apenas exames de imagem possam confirmar o diagnóstico, algumas características percebidas no toque podem ajudar a diferenciar. Vale dizer que um nódulo suspeito nem sempre segue essas regras, reforçando a necessidade de avaliação profissional.
Cistos muito grandes ou localizados em áreas específicas da mama podem comprimir nervos ou tecidos próximos, causando uma dor que irradia para a axila e o braço do mesmo lado. Além disso, o desconforto na mama pode levar a uma tensão muscular involuntária no ombro e nas costas, resultando em dor nessas regiões. No entanto, esses sintomas devem ser relatados ao médico para descartar outras causas.
O primeiro passo é manter a calma. Agende uma consulta com um ginecologista ou mastologista, que são os especialistas indicados para avaliar a saúde das mamas. Não tente diagnosticar por conta própria nem adie a busca por ajuda profissional.
Na consulta, o médico realizará o exame clínico das mamas e, com base em suas suspeitas, poderá solicitar exames complementares para confirmar a natureza da lesão.
A grande maioria dos cistos mamários, conhecidos como cistos simples, são lesões benignas. Eles não se transformam em câncer nem aumentam significativamente o risco de uma mulher desenvolver a doença no futuro. Inclusive, cerca de 80% dos cistos mamários que são submetidos à biópsia são benignos, ou seja, não cancerosos, e não são considerados perigosos ou fatais. O tratamento muitas vezes se resume ao acompanhamento.
No entanto, a preocupação principal não é o cisto simples em si, mas a certeza do diagnóstico. Se a ultrassonografia classificar o cisto de mama como complexo, é altamente recomendado realizar biópsia ou citologia. Isso ocorre porque essas lesões complexas têm um potencial de malignidade que precisa ser investigado. A investigação médica é crucial para confirmar que se trata de uma lesão benigna e descartar a presença de nódulos sólidos ou outras alterações que exijam mais atenção.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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