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Tipos de implante dentário: veja quais são os materiais usados e escolhidos

Entenda as diferenças entre materiais, técnicas e indicações para recuperar a função e a estética do seu sorriso com segurança.

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A ausência de um dente pode começar como um incômodo sutil ao mastigar ou um pequeno receio de sorrir abertamente. Com o tempo, essa falta impacta não apenas a estética, mas também a função mastigatória e a saúde dos dentes vizinhos. A reabilitação oral com implantes dentários é, hoje, uma das soluções mais seguras e duradouras para esse problema.

Contudo, a variedade de opções disponíveis pode gerar dúvidas. Entender os diferentes tipos de implantes, seus materiais e indicações é o primeiro passo para uma decisão informada junto ao seu dentista.

O que é um implante dentário e como ele funciona?

Um implante dentário é uma estrutura de metal ou cerâmica, geralmente em formato de pino, que é cirurgicamente posicionada no osso maxilar ou mandibular. Ele funciona como uma raiz artificial para substituir a raiz do dente perdido. Sobre este pino é que será fixada a prótese (o dente artificial).

O sucesso do tratamento se baseia no processo de osseointegração, um fenômeno biológico em que o osso adere firmemente à superfície do implante. Segundo a American Academy of Implant Dentistry, essa integração confere a estabilidade necessária para a mastigação e a fala.

As três partes fundamentais do implante

Para entender melhor, podemos dividir a estrutura em três componentes principais:

  • Pino (ou implante): a peça de titânio ou zircônia que é fixada no osso. Embora existam muitos modelos, a maioria se encaixa em duas formas principais: cilíndrica ou cônica (tapered), com variações de diâmetro e comprimento.
  • Pilar (ou conector): uma peça intermediária que conecta o pino à prótese dentária.
  • Prótese (ou coroa): o dente artificial, feito de resina ou porcelana, que fica visível e realiza a função do dente natural.

Quais são os principais materiais dos implantes dentários?

A escolha do material é uma das decisões mais importantes no planejamento do implante. Os dois materiais mais utilizados e cientificamente validados são o titânio e a zircônia.

Implantes de titânio: o padrão ouro

O titânio é o material mais utilizado na implantodontia mundial há décadas. Sua principal vantagem é a excelente biocompatibilidade, o que significa que o corpo humano não o rejeita. Isso permite que o processo de osseointegração ocorra de forma segura e previsível. Além disso, é extremamente resistente e durável.

Implantes de titânio modernos frequentemente utilizam modificações na superfície em nanoescala. Essas estruturas minúsculas ajudam o tecido da gengiva a se integrar melhor ao redor do implante. Além disso, algumas dessas superfícies podem até combater bactérias, contribuindo para o sucesso do tratamento.

Outro avanço é o uso de revestimentos de Carbono Tipo Diamante (DLC), que tornam a superfície do implante mais dura e resistente ao desgaste. Esses revestimentos também ajudam a reduzir a chance de o parafuso da prótese se afrouxar, uma complicação comum em algumas restaurações.

Revestimentos com nanopartículas de hidroxiapatita são outra inovação em implantes de titânio. Eles imitam a composição do osso natural, acelerando a união do implante com o maxilar.

Implantes de zircônia: a alternativa estética e livre de metal

A zircônia é um tipo de cerâmica de alta resistência, de cor branca, o que a torna uma opção esteticamente superior, especialmente para pacientes com gengivas finas, onde um pino metálico poderia transparecer. Além de ser livre de metal, a zircônia é um material cerâmico que oferece alta estabilidade. 

Sua cor, que imita o marfim natural, atende a requisitos estéticos importantes, sendo uma alternativa interessante ao titânio. É uma excelente alternativa para pessoas com alergia a metais, e, assim como o titânio, a zircônia também é biocompatível e permite uma osseointegração eficaz.

Como são classificados os tipos de implantes dentários pela técnica e indicação?

Além do material, os implantes se diferenciam pela forma como são aplicados e pela quantidade de dentes que substituem. A indicação correta depende de uma avaliação clínica e radiográfica detalhada.

Implante unitário: para a perda de um único dente

É a solução mais comum. Quando um paciente perde apenas um dente, um único pino é inserido no osso para suportar uma coroa. Essa abordagem preserva a integridade dos dentes vizinhos, ao contrário das pontes fixas tradicionais, que exigem o desgaste dos dentes de suporte.

Implantes múltiplos: para perdas sequenciais

Quando há a perda de dois ou mais dentes vizinhos, não é sempre necessário colocar um implante para cada dente perdido. O especialista pode instalar dois implantes que servirão de pilares para uma prótese com três ou mais dentes, criando uma ponte fixa sobre os implantes.

Prótese protocolo (All-on-4 ou All-on-6): para reabilitação total fixa

Indicada para pacientes que perderam todos os dentes de uma arcada (superior ou inferior). Nessa técnica, uma prótese total com todos os dentes é parafusada sobre um número reduzido de implantes (geralmente de 4 a 6). O resultado é uma prótese fixa, que só pode ser removida pelo dentista, oferecendo grande segurança e conforto ao paciente.

Overdenture: para reabilitação total removível

Similar à prótese protocolo, a overdenture também substitui todos os dentes de uma arcada. A diferença é que a prótese é encaixada sobre dois ou mais implantes por meio de um sistema de clipes. Isso a torna uma prótese removível, que o próprio paciente pode tirar para higienização. É uma opção mais estável que a dentadura convencional.

E para casos complexos com pouca estrutura óssea?

A perda de dentes por longos períodos pode levar à atrofia (perda de volume) do osso maxilar ou mandibular. Em alguns casos, isso inviabilizaria a instalação de implantes convencionais. Felizmente, existem técnicas avançadas para contornar essa limitação.

Implantes curtos

São implantes com menor comprimento, projetados para áreas com altura óssea reduzida, como a região posterior da mandíbula. Eles podem evitar a necessidade de procedimentos mais complexos, como enxertos ósseos, em casos selecionados.

Implantes zigomáticos

Esta é uma técnica altamente especializada indicada para casos de atrofia maxilar severa na arcada superior. Em vez de serem fixados no osso maxilar, os implantes são ancorados no osso zigomático (o osso da bochecha), que é mais denso. Isso permite a reabilitação fixa sem a necessidade de enxerto ósseo.

Qual é o melhor tipo de implante dentário para mim?

Não existe um "melhor tipo" de implante que sirva para todos. A escolha ideal é uma decisão conjunta entre o paciente e o especialista, baseada em uma análise cuidadosa de diversos fatores.

A avaliação profissional levará em conta a saúde geral do paciente, a qualidade e quantidade de osso disponível, a localização do dente perdido e as expectativas estéticas e funcionais.

Fator a considerar

Descrição

 

Quantidade de dentes perdidos

Define se a abordagem será unitária, múltipla, protocolo ou overdenture.

Condição óssea

Determina a necessidade de enxertos ou o uso de implantes especiais como os curtos ou zigomáticos.

Localização

Implantes na área frontal do sorriso podem exigir materiais mais estéticos, como a zircônia.

Saúde geral e hábitos

Condições como diabetes não controlada e tabagismo podem influenciar o sucesso da osseointegração.

O que esperar do procedimento?

Independentemente do tipo, o processo de instalação de um implante geralmente segue algumas etapas principais: planejamento, cirurgia e reabilitação.

  1. Planejamento: envolve exames de imagem, como tomografias computadorizadas, para avaliar a estrutura óssea e planejar a posição exata do implante.
  2. Cirurgia: o procedimento de instalação do pino é realizado em consultório, com anestesia local, sendo geralmente rápido e indolor.
  3. Osseointegração: é o período de cicatrização, que pode levar de 3 a 6 meses, durante o qual o implante se integra ao osso.
  4. Reabilitação: após a osseointegração, o pilar e a prótese definitiva são instalados, finalizando o tratamento.

A reabilitação oral com implantes dentários é um procedimento seguro e com altas taxas de sucesso, capaz de devolver a confiança para sorrir, falar e mastigar sem preocupações. O passo mais importante é buscar um profissional qualificado para realizar um diagnóstico preciso e indicar o plano de tratamento ideal para suas necessidades.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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